6 de abril de 2016

Estamos à distância. Não somos feitos da mesma fibra e muito menos cruzamos os horários. Tu estás na ponta da cidade mais bonita, com a melhor vista do país. Eu estou no centro dessa cidade, bem dentro da confusão mais sorridente que conheço. Não vimos os mesmos filmes. Não ouvimos a mesma música. Não sentimos os puxões que a vida nos dá no mesmo ritmo.
Só nos sintonizamos quando mentimos. Quando nos afastamos da vida que insiste em voltar-nos as costas a um passo ritmado. Quando partes para longe de mim. Quando me deixas ir uma e outras tantas vezes. Aí somos tão bons. A destruir-nos. A sofrer por um amor que morreu há bem mais tempo do que nasceu.

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